Um festival de artes pouco convencionais chamou atenção nas ruas da capital irlandesa, Dublin, neste sábado. Dezenas de pessoas se reuniram para ver uma série de apresentações diferentes, como a da artista Amanda Coogan, que cobriu o corpo inteiro com batatas e passou seis horas sem se mover, olhando para o mar.
A instalação, chamada "Como explicar o mar a alguém que não come batatas", foi inspirada na obra do alemão Joseph Beuys, um dos mais influentes artistas europeus do século XX. Coogan ficou com o rosto coberto por um material simulando ser ouro e enfrentou os cerca de 8 graus de temperatura de Dublin, usando os vegetais como proteção. O objetivo da exibição, segundo ela, era se concentrar e ponderar sobre o mundo além do oceano.
O festival foi apreciado até por quem estava voltando para casa e não sabia das apresentações. O artista Alex Conway usou água e equipamentos eletrônicos para criar novos sons utilizando um ponto de ônibus. Muitas pessoas que esperavam o transporte no local, acabaram ficando por lá mesmo e deixando para pegar o ônibus mais tarde.
Quem andou mais alguns metros, encontrou uma banda bem diferente. Os músicos comandados por Gareth Kennedy usaram uma cabine pública para criar uma espécie de palco secreto, onde só os instrumentos apareciam. O grupo ficou escondido dos espectadores durante toda a apresentação, que teve diversas músicas da banda Tears for Fears.
A idéia acabou beneficiando os artistas, já que eles ficaram o tempo todo protegidos do frio e da chuva. Mas o público não se abalou com o mal tempo e permaneceu por lá até o fim, para aplaudir o concerto.
E logo no fim do show, começou mais uma exibição performática. A artista Frances Mezzeti escalou pedras e árvores enquanto interagia com os espectadores. Ela utilizou retalhos de pano, cadeira velha e até algas marinhas mortas para ilustrar a arte alternativa. A idéia da instalação foi questionar as pessoas sobre o lugar dos idosos na sociedade.
Fonte: Terra
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