Beatie, cuja aparência masculina contrasta com a acentuada barriga dos seus cinco meses de gestação, se submeteu a uma operação para a retirada dos seios e a um tratamento de testosterona para mudar o corpo, embora tenha mantido os órgãos reprodutores femininos.
Casados há mais de dez anos, Beatie e a mulher, Nancy, sempre quiseram ter um bebê, mas esta teve uma endometriose há 20 anos e precisou tirar o útero.
Depois de enfrentarem o preconceito da sociedade e de suas famílias, e de alcançarem uma situação econômica confortável, ambos tomaram a decisão de que Beatie seria o "encarregado" de gestar o bebê.
"Oito anos tinham se passado desde minha última menstruação, mas meu corpo já se auto-regulava e eu não precisava tomar estrogênio, progesterona ou qualquer remédio para facilitar a fertilidade e ajudar a gravidez", declarou Beatie à revista.
Quando tomaram a decisão de ter um filho, o casal também enfrentou a oposição da classe médica.
"Os médicos nos discriminaram por suas crenças religiosas. Alguns se recusaram a me chamar pelo meu nome de homem e a reconhecer Nancy como minha mulher. As recepcionistas riam da gente e familiares e amigos nos negaram apoio. Grande parte da família de Nancy não sabia que eu era transexual", conta Beatie.
O primeiro médico a atender o casal teve que dispensá-lo porque sua equipe não se sentia à vontade para tratar alguém como Beatie.
Após gastarem milhares de dólares e passarem por nove médicos no espaço de um ano, Beatie e Nancy conseguiram ter acesso a um banco de esperma.
No entanto, a primeira tentativa do casal não foi bem-sucedida, já que o óvulo fecundado se instalou fora do útero, o que obrigou Beatie a passar por uma cirurgia e a tirar as trompas de falópio.
"Quando meu irmão soube da perda do feto disse 'Que bom que aconteceu. Quem sabe que tipo de monstro teria sido (esta criança)?'".
Na segunda vez, o casal teve mais sorte, e hoje Beatie está "grávido" de uma menina, que deve nascer em 3 de julho.
"Como um homem grávido se sente? Incrível. Estou estável e seguro de mim como o homem que sou. Tecnicamente, me vejo como um substituto de mim mesmo, embora minha identidade sexual seja de homem. Eu serei o pai; Nancy, a mãe; e seremos uma família", afirmou Beatie, que na entrevista pergunta à sociedade o que é ser "normal".
Fonte: Yahoo
http://br.noticias.yahoo.com/s/26032008/40/entretenimento-americana-vira-homem-se-casa-mulher-engravida.html
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